sábado, 18 de outubro de 2008

Pela Estrada

A pior saudade é a antecipada, é aquela que começa antes mesmo da ausência da pessoa e neste caso especifico das pessoas. Quando se é actor, o ultimo espectáculo da temporada é o ponto de partida para um período de ressaca que desidrata nosso coração como o álcool desidrata o fígado de um alcoólico. Quando nos envolvemos apenas na produção, é a estreia que nos trás a rebordosa, mais forte por não ser álcool. "Navalha" foi em 17 dias para mim, a casa, a comida e o tempo. E nessa casa, eu tinha uma família, algumas refeições regadas a grandes conversas mas sobretudo estava na minha espécie de "lar, doce lar" e que de forma muito especial me trouxe alguns presentes. Sem dúvida saio mais rico em afectos, bagagens e ideias. Quero projectar no futuro todos os pensamentos que criei nesse "processo"...
...O que dói mesmo é o vazio que os próximos dias me trará, a falta, a ausência de tudo o que existiu de tão intenso...eu preciso de mais chá, eu adoraria continuar o "processo", acho que me apaixonei pelo "processo", pela amizade deles, pelas coisas que trocamos, pelos bules que esvaziamos, pelo resultado que conseguimos e por todos os sentimentos que nos proporcionamos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto de chá. Gosto de ouvi-lo ferver junto com aqueles que sabem como ferve um chá risonho e feliz. Gosto do processo de "felicidadização" que tenho vivido por vossa culpa...vossa tão grande culpa.

Um beijo aos tais que sabem quão bem ferve um chá quando é vivo e feliz.