terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mão atadas

A pior prisão que alguém pode me causar é a sentimental, seja ela qual for (já falai aqui das minhas visões sobre amor e paixão) mas talvez a que mais me indigna é a do ciúme que...

"...dói nos cotovelos, na raiz dos cabelos, gela a sola dos pés... dói da flor da pele ao pó do osso, rói do cóccix até o pescoço... você ama o inimigo e se torna inimigo do amor...Caetano Veloso"

Porque pra mim o ciúme é uma prova de desconfiança antes de ser uma insegurança boba e esse sentimento não combina com amor, carinho, amizade e respeito. Me faz questionar se de facto é preferível ser autentico ou fingir ter a moral de um padre da opus dei quando na verdade eu posso até estar a olhar em volta mas seria incapaz de investir na mulher do próximo com a minha ali tão próxima. Eu já demonstrei que não sou bobo a esse ponto, não é de hoje que estou na vida.
Qualquer um dos meus amigos me deixa com o estômago embrulhado quando cobra que dou mais atenção a A, B ou C, que vivo no cinema com D ou que só vou a balada com E e F. Muitos já perderam minha amizade por cobrar momentos e sentimentos que jamais posso oferece-los a quem não "merece" porque amigos são mesmo como as letras que usei para exemplificados, cada um é singular, cada um é um elemento ímpar na construção de uma palavra chamada Jaime.
Talvez haja uma pessoa, ou duas que podem me cobrar ciúmes e por serem de facto insubstituíveis, intransponíveis e intocáveis na minha alma, Edjane Aragão da Rocha (a que me pariu) e Epaminondas Aragão da Rocha (o que saiu da mesma barriga que eu e que faz hoje 20 anos) o mais são pessoas que me complementam, cada uma no seu tamanho e no seu espaço.

Meu pior defeito ou minha maior virtude é até não saber para onde vou mas ter a certeza que faço o caminho sozinho.