terça-feira, 6 de maio de 2008

Lêda!




Conheci uma menina de Recife ontem e em 30 segundos viramos amigos íntimos, tipo primo e prima? Conversamos horas e horas, e já tínhamos combinado que hoje eu levaria o filme, Amarelo Manga para ela assistir e conversa vai, conversa vem, entramos numa de saudosismo, cantamos frevos, falamos de coisas e coisas de Recife e do interior de Pernambuco (ela é natural de Catende). Ao fim de uma hora quase, percebi que em momento algum eu falei a palavra Brasil, nem ela. Chegamos a conclusão que Pernambuco é o nosso país, que pernambucano gosta da terra como se fosse um continente inteiro. E em primeiro lugar vem nossa cultura, por isso esse, “agarrado” todo quando se encontra um pernambucano por perto. De facto, eu sinto saudade de lé e não do Brasil inteiro. Terminamos a conversa ao som de mais um frevo: “Saudades que eu sinto são maractus retardados que voltam “pra” casa cansados com seus estandartes no ar”. E ela depois puxa um trecho de: Madeira de lei que cupim não rói. Mas eu sai de perto antes de começar a chorar. Hoje nos encontramos e ela tinha nas mãos o CD com a banda sonora (trilha sonora) do filme baile perfumado que eu procuro a séculos. E ela tinha em mãos para me emprestar. Por livre e espontânea vontade. Só entende quem é patriota.

Sem comentários: