sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Salve os troncos (ou mente vazia, oficina do Diabo)




Essa é a Avenida em que vivo. No terceiro prédio amarelo a contar da esquina. Já postei aqui o quanto gosto desse endereço e por vários motivos. Esse prédio rosa em frete aos prédios amarelos é um Hospício chamado Júlio de matos, ele é uma piada pronta que eu uso quase sempre quando me perguntam onde moro eu respondo sempre: Sabe o Júlio de Matos? Eu moro em frente, porque quando fico nervoso só faço atravessar a rua...

A Mafalda minha amiga e vizinha mora no primeiro prédio amarelo e perto dessa esquina há um Mac Donalds para os dias de desgraça e recentemente abriu um cinema com quatro salas onde em tempos foi o Cinema Alvalade um dos símbolos do bairro nas décadas de 50, 60 e 70, fui domingo lá, é super prazeroso sair de casa 10 minutos antes da última sessão. Entrar no escuro da sala de projecção e sair duas horas depois e caminhar de volta ao quentinho de casa a sentir o filme ainda fresquinho sem se distrair com o transporte, o cartão de estacionamento, o rádio do carro e os sinais de trânsito é deliciosamente relaxante.

Essa área verde em cima da Igreja que há por trás dos prédios amarelos é o Parque da Bela Vista onde acontece o rock in rio e onde a Madonna fez o ultimo show em Lisboa, nos dois eu saí de lá bêbado e em 5 minutos estava em casa. Em frente a Igreja forma-se uma Avenida chamada mesmo assim, Avenida da Igreja que tens uns cafés bonitos e umas senhoras chiques como paradas no tempo a circularem pelas lojas.

O supermercado em que faço compras (atrás do ultimo prédio amarelo) é recheado de gente bonita, como as Avenidas (Av. do Brasil, Da Igreja, de Roma e Av. do Rio de Janeiro) que costumo vaguear no final das tardes de domingo e manhãs de sábado.  Gosto de subir ao terraço no 8º andar e ver a paisagem eclética que se avista, um pedaço do Tejo, a pista do aeroporto atrás do teto do hospício, o Estádio de Alvalade, as árvores também do Hospício… Em fim, eu gosto mesmo de viver aqui.

Antes de ontem de manhã ao sair de casa, reparei que as arvores estão a ser isoladas, uma placa da câmara informava aos interessados de ali estacionar que até sábado estariam a fazer limpeza nas mesmas. Pensei; por ser inverno, por precaução dos galhos secos não caírem em cima dos transeuntes.

 Ao voltar para casa constatei que no inicio da Avenida haviam cerrado três delas. Deu uma pena, uma sensação esquisita de perda, na história da Avenida, na imagem dela. Talvez eu me apegue demais a essas pequenas coisas mas mexeu muito com minha cabeça, ou tenha tempo demais para pensar besteiras. Prova disso é por exemplo: eu estar ontem no ginásio a suar forte e feio e a admirar uns tantos quantos shorts apertados em coxas grossas e em actividade. Entre uma sessão de 20 abdominais e outra, parava a admirar aqueles rabos e a pensar como se fosse um Deus: Homem quando estivesse a fazer esforço físico bem que podia ter alguma espécie de estimulo para que através de uma maior circulação sanguínea ou maior produção de um hormônio masculino qualquer ficassem em estado de erecção. Pensei nisso quase tendo uma e ao mesmo tempo e a concluir que esses hormônios imaginativos da minha parte vão directo pró espaço vazio. Sobe para cabeça e eles alternam as flexões a se exibirem narcisistas em frente aos espelhos. Fui pró banho com o corpo cansado e a mente a passear por Obras de construção, empresas de transportes, armazéns e Quartéis do Exército.  


1 comentário:

Wellvis disse...

Ah ja tinha visto sim. Mas não tinha lido até o final [vi a foto, o título do post e o primeiro parágrafo e não entendi nada! O que cada uma tinha ver com o outro, por isso desisti rsss] mas agoira voltei e li tudinho, que delícia ter cinema a porta de casa né?

P.S. O título do post continua não fazendo sentido nenhum para mim rss