Acidentalmente me deparei com uma homenagem póstuma a Che Guevara
no mural de um grande amigo no Facebook. Acredito que seja aniversário de morte
do mesmo.
Che já foi meio que meu ídolo. Foi, talvez pelas T-shirts com
a foto dele meio de perfil, ou por ser uma espécie de nome
obrigatório na lista das admirações de um adolescente nordestino
nascido no fim da ditadura e militante no PT.
Tirei-o do pedestal aos poucos.
Comecei a fazê-lo no dia em que descobri que o tal camarada da
Sierra Maestra era homofóbico. Em alguns de seus textos
defendia protótipos de
perfeição viril que condenavam a homossexualidade, a bissexualidade e a
transexualidade”, segundo a escritora cubana Zoé Valdés.
Logo após ver o filme
do Walter Salles resolvi me aprofundar um pouco na história do então
jovem que em cima de uma motocicleta percorreu a América do Sul em
busca de respostas para suas perguntas juvenis, ou já numa espécie de
estratagema, entendendo a forma de estar dos povos mestiços vivendo a
baixo da linha do equador. Na biografia do "camarada", assinada
por Jon Lee Anderson, percebi que ele não era tão camarada assim, um tanto
racista e em alguns momentos xenófobo e adverso as diferenças. Como
assim?
Ao chegar a conclusão que
ele e Fidel foram só os "laranjas" na revolução, que culminou
em 1° de Janeiro de 1959 na ditadura que hoje se vive em
Cuba, risquei o barba rala da lista dos meus heróis. Aliás fico até
envergonhado de assumir que na época dos meus problemas de acne, eu
dei mais importância em copiar os amigos que usavam boina e
arrotavam militância que a aprender história como deveria, além de
me masturbar mais vezes ao dia, é claro.
Guevara e Castro foram os
produtores de um espectáculo fracassado mas de grande valia para os
investidores. A União Soviética.
Eu não os culpo pensem comigo: Se eu
quero dirigir um texto no teatro municipal, acredito no sucesso e se me aparece
investidores interessados em bancar a produção, eu aceito; embora
o objectivo desses parceiros sejam apenas ter o teatro na mão para
uma eventualidade com o concorrente.
Era importante para Russia ter uma ilha
pertinho da Disneyland cheia de misseis apontados e preparados para destruir a
festa coca-cola. Até eu que sou mais bobo, tendo oportunidade, apostava
numa possível posse de um teatro, mesmo que fosse o Municipal da
cidade mais pobre da África, que dirá no Caribe.

1 comentário:
Poisé. Quem dera se mais gente acordasse para essa realidade. E tem mais: era misógino, racista e foi um dos ditadores (ditadura de esquerda tbm é ditadura não?) mais sanguinários da história. Vou ali comprar a minha camiseta do Hitler e já volto.
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